Américas

Desde que vivo em Barcelona que tenho contas pendentes com as Américas. Desde que falo castelhano, que sei que a primeira vez que vá a um país hispânico, mudarei rapidamente as rotas das minhas viagens.

Mas por uma ou outra razão, ainda não consegui explorar, como deve ser, o outro lado do Oceano Atlântico.

A minha primeira grande viagem intercontinental foi ao Brasil em 2009. De mochila às costas aproveitei para visitar amigos queridos e explorar um bocadinho daquele país, que me roubou o coração, mal senti aquele bafo quente e húmido, ao sair do aeroporto em São Paulo.  Não foi uma surpresa, porque eu já sabia que me ia apaixonar perdidamente. Quem é que não cai rendido aquele jeitinho bem brasileiro?!

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Ainda que o Brasil seja imensamente apaixonante, as Américas são muito mais do que apenas um país, muito mais do que um continente, uma grande potencia mundial ou milhares de ilhas paradisíacas…

Viver em Espanha permitiu-me conhecer gente dos quatro cantos do mundo. Basta dizer que no meu casamento havia 15 nacionalidades diferentes, porque o mundo é enorme e há tanta gente linda com quem partilhar a nossa vida.

Percebi que as Américas são muitas e variadas e que estão presentes no meu quotidiano, quando os meus amigos venezuelanos me ensinaram a fazer arepas, quando aprendi a gostar do pisco-sour dos chilenos, torci pelo México no Mundial de Futebol, identifico um argentino à distancia só pelo sotaque, celebrei a tradição equatoriana de queimar as más energias no São João… e mais mil e uma peculiaridades, que de repente fazem parte da minha rotina.

Quero muito ir às Américas e sei que já faltou mais…