Como já é de conhecimento geral, uma das coisas que mais me dá prazer na vida é ver o mundo. Viajar e descobrir locais pela primeira vez, conhecer novos povos, hábitos, costumes e realidades.
Se gosto, se está perto e é acessível, posso repetir vezes sem conta; caso contrário fica na memória e tomo nota que um dia quero voltar aquele sítio onde já fui tão feliz.
Tenho inúmeros exemplos: mas posso resumir que na Europa a minha cidade de referência é Londres, passei lá várias temporadas, umas mais longas e outras mais curtas, mas sempre que posso volto e mato saudades.
Fora da Europa há locais onde voltarei um dia, não sei quando, mas um dia seguramente voltarei a Varanasí, aos Templos de AngKor e a São Paulo; três dos sítios que mais me marcaram. Se posso voltarei a muitos mais; mas a limitação de tempo e dinheiro e a flutuação do nível das prioridades na vida, provavelmente farão com que não volte a muitos dos locais onde já estive.
Há uns tempos, numa das muitas e deliciosas conversas que tenho com o meu pai sobre o mundo e a vida, ele disse-me algo em que eu nunca tinha pensado. Falávamos de viagens e das enormes ganas que eu tenho de comer o mundo; e ele, que teve a sorte de poder viajar por vários países quando era mais novo, disse-me que agora olha para trás e percebe que nem sempre se trata de prioridades, de ter que eleger ou de fazer escolhas; às vezes simplesmente não depende só de nós.
Há locais onde ele não foi e que neste momento já nem existem, há países que foram destruídos pela guerra, por catástrofes naturais; e o facto de não ter ido a tempo não dependeu dele, mas sim das circunstâncias.
Os meus pais cresceram em Africa; e a Africa onde eles cresceram, eu nunca vou conhecer; a quantidade de animais selvagens que eles viram no seu habitat, eu nunca vou ver. A história, o tempo e a mão do Homem, encarregam-se de acabar com cenários que não têm como voltar a existir.
Neste momento penso em todo o médio oriente, em todos os países árabes que gostava de visitar e onde agora mesmo me sentirei insegura se lá for. Não sei quando verei as pirâmides do Egipto, quando visitarei Petra, ou até mesmo Istambul…
Às vezes tenho pena por não ter o tempo ou o dinheiro para poder viajar constantemente, mas mesmo que o tivesse, há sempre uma escolha a fazer e há sempre circunstâncias alheias à nossa vontade que nos impedem de fazer o que gostaríamos.
Este ano estávamos bastante indecisos quanto ao destino da nossa viagem; eu tinha claro que gostava de voltar à Asia, mas sei que temos pendente as Américas há muito tempo, e lamentavelmente parece que assim continuará.
Para mim, uma das coisas mais divertidas e interessantes de viajar é poder comunicar com as pessoas, é tentar entender como pensam e como funcionam as sociedades. Muitas vezes é difícil porque o facto de não falarmos a mesma língua limita o nível de entendimento, claro que a comunicação é sempre possível, nem que seja por mímica; mas quando se fala a mesma língua abre-se um mundo de oportunidades e experiências.
Há quase 10 anos que falo castelhano e tenho em mim uma grande pena por ainda não ter ido a nenhum país hispânico, onde me possa misturar com a gente e partilhar a sua cultura. Mas sei que essa viagem chegará… já faltou mais!
Este ano voltaremos à Asia porque a temos no coração, porque é pacífico e fácil de viajar, porque é bonito e barato e porque apesar de ser tão diferente da Europa, sentimo-nos em casa, cómodos e bem-vindos.
Estávamos entre o Japão e o Vietnam e decidimo-nos pelo último depois de fazer contas à vida; o país do sol nascente ficará para outra altura.
Num próximo post, porque este já vai longo, escrevo sobre o porquê de querer visitar o Vietnam e como estamos a organizar a nossa viagem de 2017.
E INEGAVEL QUE O MEU BROTHER TEM TODA A RAZAO. O MUNDO AS PESSOAS OS PODERES E COM ISSO TUDO A AMBICAO DESMEDIDA PELO PODER A CORRUPCAO O NAO RESPEITO PELOS MAIS ELEMENTARES DIREITOS DO SER HUMANO AS GUERRAS O FENOMENO DA GLOBALIZACAO A INTERFERENCIA CONTINUA DOS DITOS PODERES NOS OUTROS PAISES NAS SUAS CULTURAS E NOS SEUS ESTADOS DESTRUIU E IMPOSSIBILITOU A VERDADEIRA INTERLIGACAO ENTRE POVOS DE DIFERENTES PAISES E CONTINENTES…….E LIMITOU ESSAS VIAGENS COM QUE AS VEZES SONHAMOS FAZER.VIETNAME…..TEMOS MUITOS VIETNAMITAS EM ANGOLA NO COMERCIO NA CONSTRUCAO CIVIL E ATE NOS ASSALTOS……DEVE SER UM PAIS LINDO,MAIS NAO DIGO
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