Enquanto não me organizo para escrever sobre esta última viagem à Indonésia, aproveito para fazer um bocadinho de “propaganda” à cidade onde vivo, faz hoje precisamente 11 anos.
Parabéns a mim e à cidade condal, por mantermos esta relação de amor tão intensa e verdadeira. Eu dou-lhe o melhor de mim e dela continuo a absorver desmedidamente tudo o que preciso para viver feliz deste lado da península.
E uma das coisas que não se esgota aqui é a cultura e todas as atividades que ainda se podem fazer pela primeira vez, depois de aqui viver há mais de uma década.
Por isso hoje conto-vos a visita que fiz com os meus pais, ao Palau de La Música Catalana, em Setembro.
Já tinha entrado no edifício para beber uma cerveja na impressionante cafetaria, já tinha espreitado a entrada para ver a programação e entrei também uma vez para dar sangue. (Às vezes o Banco Nacional de Sangue monta uma ‘tendinha’ em sítios emblemáticos da cidade, a ver se motiva o pessoal a doar sangue enquanto tem a oportunidade de entrar gratuitamente nos locais.)
Resumindo, curiosidade não me faltava para visitar este monumento, mas por razões que a própria razão desconhece, ainda não tinha tido oportunidade de o fazer.
De forma que… o mês passado aconteceu finalmente!
Para quem não conhece, o Palácio da Música Catalã é uma sala de concertos situada na zona alta do Bairro do Born, relativamente perto da Praça da Catalunha, e foi projetado pelo arquiteto barcelonês Lluis Domènech i Montaner, um dos representantes máximos do modernismo catalão.
Foi construído para ser a sede do Orfeu Catalão (sociedade pioneira na divulgação da música coral na Catalunha), financiado por doações populares; ficou pronto em menos de quatro anos, (1905 – 1908), mas entretanto já foram feitos vários ajustes, obras e acrescentos.
Este monumento, que foi um dia considerado o edifício mais modernista do mundo, é realmente espetacular e na verdade é tão impactante como qualquer uma das casas do Gaudi.
Recomendo a visita guiada para quem vier a Barcelona, ou para quem vive cá mas ainda não o viu por dentro; não só porque contam toda a história e fica-se com uma ideia muito melhor de um dos ícones da cidade, mas também porque os grupos são pequenos e assim podemos ver tudo calmamente, e ter acesso a áreas que normalmente não são visitáveis.
Não é muito barato, mas lá está… em Barcelona nada é barato: 20€ a entrada normal e para residentes 50% de desconto (uff menos mal).
O que torna este edifício tão extraordinário, além da fabulosa acústica e da evidente beleza externa, é toda a arquitetura e engenharia aliadas a uma harmoniosa estética. Tem por dentro uma inovadora estrutura de ferro que permite ter paredes e tetos de cristal, para facilitar a passagem da luz. A natureza é obviamente o tema predominante, e os motivos florais que decoram a sala principal de concertos é uma verdadeira festa para os nossos olhos. É mesmo maravilhoso!
Depois de 11 anos, Barcelona ainda me enche o coração de alegrias e a alma de cor; as saudades que continuo a ter de Lisboa e dos meus, são um bocadinho mais fáceis de aguentar porque vivo aqui: numa das cidades mais fabulosas do mundo. Lucky me!!
Que belo sítio, que bom ambiente!
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É que é mesmo. Quando vierem cá, recomendo a visita. Bjs
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