2016 acabou muito mal, 2017 não foi um ano fácil, por isso de 2018 só posso esperar o melhor. Entro em Janeiro sem expectativas mas otimista, porque realmente não pode ser de outra forma.
Depois dos 35 a forma como vejo a vida mudou, não me perguntem porquê, mas tomei consciência de que o tempo não volta atrás e que algumas escolhas que não fiz e decisões que não tomei, vão afectar para sempre a minha vida. Descobri limitações, aceitei imperfeições e numa análise pessoal percebi que um dos meus maiores defeitos é ser demasiado perfeccionista e organizada. Admiro as pessoas que com espontaneidade se deixam levar sem pensar nas consequências, que têm como lema o “logo se vê”. Eu não sou assim! Mas aos poucos vou aceitando e transformo este defeito numa grande qualidade.
Agora, começo 2018 a tirar do papel um projeto que leva anos a ser idealizado, que de alguma forma sempre fez parte de mim, da minha vida e que na prática já existe há muito tempo. Um projeto que requer método, alguma disciplina, gestão e persistência; mas mais que tudo, um enorme fascínio pelo mundo.
Crio hoje no Blog uma página de CONSULTORIA DE VIAGENS.
É algo que desde que comecei a viajar sozinha com uma mochila às costas em 1999, percebi que me assentava como uma luva. Pesquisar, programar, planear e tudo o que faça parte da organização de uma viagem.
Levo anos a fazê-lo para mim mesma, para a minha família, para os amigos, amigos de amigos; pessoas completamente desconhecidas que me contactam a pedir dicas, informações e sugestões para as suas viagens. E quando recebem a informação, perguntam-me sempre porque não me dedico a isto. Finalmente, fiz-me a mesma pergunta.
Sempre que viajo escrevo um diário, guardo os bilhetes, os cartões, as referências; tenho anotado todos os sítios que me roubaram o coração e não me esqueço dos lugares onde deixei um bocadinho de mim.
Ao longo destes quase 20 anos a viajar com uma mochila, aprendi muitas coisas e conheço muitos truques para rentabilizar bem o tempo de viagem, evitar surpresas desagradáveis, minimizar gastos e potencializar os bons momentos.
Aprendi também que viajar é algo que levamos dentro, não importa o tempo de viagem, o destino ou a companhia. Cada um viaja como lhe apetece, com pulseirinha, com mochila, de avião, de bicicleta; até à cidade ao lado ou para o outro lado do mundo. O que faz um viajante não são os carimbos no passaporte, mas sim a curiosidade que nos acompanha e tudo o que trazemos connosco quando regressamos.
A página de consultoria de viagens é para todos os curiosos que querem ver um bocadinho do mundo e voltar mais ricos para casa.
Feliz 2018, que não nos falte saúde para viajar!