Antes de sair de casa há menos de 2 horas atrás, olhei para o telemóvel para ver a aplicação do bus e vi uma mensagem do El País a “informar-me” que o David Bowie tinha morrido. E foi assim que uma segunda-feira, que só por si já não é o melhor dia da semana, se transformou num dia ainda mais triste.
Bowie era o imortal, era aquele que se reinventava, se atualizava e se mantinha sempre em alta.
Para mim foi uma referência durante uma fase muito importante da minha vida, e antes disso; influenciou todos aqueles que me influenciaram a mim.
Um pouco mutante, meio-humano, homem das estrelas; chamemos-lhe o que nos apetecer, porque ele era vários, era muitos e era um pouco de todos nós. Era aquilo que não mostramos normalmente, aquilo que levamos dentro e só sai em frente ao espelho; sozinhos entre as quatro paredes do wc, numa noite de loucura…
A inevitável questão do passar do tempo, faz com que me entristeça o facto de sobrarem cada vez menos lendas vivas, cada vez menos referências musicais; artistas tão completos e fontes de inspiração para uma vida menos aborrecida, mais fora dos padrões convencionais de uma sociedade tantas vezes cínica e castradora.
Vão-se os grandes, fica a obra!
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